Como montar uma casa de bolos e tortas

Fonte: SEBRAE

Apresentação

Aviso: Antes de conhecer este negócio, vale ressaltar que os tópicos a seguir não fazem parte de um Plano de Negócio e sim do perfil do ambiente no qual o empreendedor irá vislumbrar uma oportunidade de negócio como a descrita a seguir. O objetivo de todos os tópicos a seguir é desmistificar e dar uma visão geral de como um negócio se posiciona no mercado. Quais as variáveis que mais afetam este tipo de negócio? Como se comportam essas variáveis de mercado? Como levantar as informações necessárias para se tomar a iniciativa de empreender?

Uma casa de bolos e tortas é um tipo de negócio que está diretamente relacionado a momentos de alegria e prazer e comemorações, que podem ser traduzidos em sabores variados para atender ao gosto de cada cliente.

A procura por tais produtos tem tido um aumento considerável nos últimos anos devido, principalmente, ao crescimento da renda da população brasileira. Tal crescimento desse consumo está associado à expansão do segmento de alimentação fora do lar, conhecido como “food service”, do qual fazem parte bares, restaurantes, docerias, hotéis, lojas de bolos e tortas, e outras empresas que oferecem alimentos prontos para o consumo.

Um dos segredos deste negócio é a criatividade, trabalhando com receitas próprias e inovadoras, o que representa um diferencial nesse mercado que, em conjunto com uma excelente qualidade dos produtos oferecidos e a presteza do atendimento, se tornam um empreendimento de sucesso.

As receitas mais procuradas são: torta alemã, torta de sonho de valsa, torta floresta negra e a torta napolitana mousse, porém, há uma grande procura por diversas outras.

Este documento não substitui o plano de negócio. Para elaboração deste plano consulte o SEBRAE mais próximo.

Mercado

Toda instituição que produz alimentos diretamente para o consumidor final é considerado “Food Service”, que é tido como o mercado de alimentação fora do lar. O desenvolvimento deste mercado é uma tendência mundial e está crescendo a passos largos também no Brasil. Estudos apontam que uma das tendências é a característica multicanal. Segundo a pesquisa, 12% dos operadores atuam como canal de consumo na loja (promise), 60% apresentam dois canais: consumo na loja e “compre e leve” (takeaway), 25% somam ainda o delivery por telefone e 3% já são multicanais e agregam o delivery via internet.

O mercado de bolos e tortas busca atender o maior público consumidor possível nos segmentos geográfico, demográfico, psicográfico e comportamental. Além do comércio de varejo, pode-se optar pelo fornecimento para casas de festas, padarias, lanchonetes, confeitarias e restaurantes. O segmento de bolos e tortas é bastante dependente das datas comemorativas. O pico de vendas acontece nas festividades de natal, ano novo, dia das mães, dias dos pais, dia dos namorados, etc. Uma casa de bolos e tortas sofre a concorrência de grandes supermercados e padarias, o que evidencia o alto grau de competição nesse negócio. Segundo o IPC-Maps, editora que fornece a pesquisa de Índice de Potencial de Consumo no Brasil, o brasileiro gasta hoje por mês cerca de 57% de seu orçamento doméstico com alimentação, dos quais 33% são gastos com alimentação fora de casa, o que já representa um mercado de quase R$ 150 bilhões por ano e apresentou um crescimento de aproximadamente 14,5 entre os anos de 2012 e 2013.

Localização

De acordo com Dias e Oliveira (2013), escolher um ponto de venda é uma das decisões mais importantes na hora de estabelecer um negócio. Existem infinitas maneiras de se aprender a elaborar planos estratégicos, projetar vendas, gerenciar finanças e pessoas, etc. Contudo, há uma grande lacuna na decisão de um futuro ponto de venda. Por várias razões, a localização da loja é, muitas vezes, a decisão mais importante tomada por um varejista. A decisão sobre o local tem importância estratégica, pois ele pode ser usado para criar uma vantagem competitiva sustentável. Ao contrário, um erro na seleção de um ponto significa uma enorme desvantagem competitiva para um negócio, exigindo esforços mercadológicos e muitas vezes sacrifícios de margem que levam a prejuízos operacionais. Também é importante lembrar aqui que alguns dos maiores empreendimentos do planeta começaram numa pequena garagem. Este estudo, chamado de “geografia de mercado” termo criado pelos especialistas da área para designar a as análises sobre a localização do negócio, é fator estratégico e por isso é preciso este estudo, considerando concorrência (direta e indireta), atração cumulativa que são negócios concorrentes localizados na mesma área, o que poderá atrair mais clientes para o local. Também é inevitável avaliar por quanto tempo o negócio poderá permanecer ali em caso de sucesso. Aspectos subjetivos podem estar envolvidos e merecer estar relacionados para que a análise possa ficar realmente capaz de permitir a tomada de melhor decisão: você gosta do lugar? Você esta feliz com a escolha? Você acredita no sucesso do negócio neste lugar? Em resumo, sempre se deve procurar estar no lugar certo, na hora certa, dentro das possibilidades.

Os principais pontos a considerar são:

• O preço do aluguel;

• A compatibilidade entre o público local e o padrão de serviço a ser prestado: maior renda, maior sofisticação; menor renda, menor preço;

• Visibilidade: representam todas as variáveis que, à medida que seu potencial cliente se aproxima, facilitam a identificação visual do seu ponto de venda. São os fatores que, juntamente com sua fachada e letreiro, farão o estabelecimento “saltar” aos olhos do público circulante, seja ele pedestre ou condutor de um veículo (lojas em frente a pontos de ônibus podem vir a ter a visibilidade comprometida por causa da aglomeração de pessoas) os clientes ao se movimentarem em uma avenida devem identificar facilmente a loja. Em shopping a instalação pode ser feita na praça de alimentação ou no modelo de quiosque, em áreas de grande circulação de pessoas;

• Conforto: se há necessidade de ir de carro, há que ter estacionamento; se a expectativa é de haver picos de demanda (caso típico deste prestador de serviços nos sábados, dia em que as pessoas normalmente resolvem seus assuntos pessoais), o ambiente tanto do estabelecimento quanto da vizinhança deve ser agradável; etc.

• Atratividade: Cheque se há proximidade de concorrentes, mas não se assuste com eles (encontre um diferencial para o seu negócio e promova o conhecimento dele para seu público). Atente para outros negócios instalados na redondeza que atraiam o mesmo perfil de cliente que pretende atingir.

Assim sendo, uma boa localização é aquela que favorece o acesso das pessoas, com o menor grau possível de dificuldade, ou ser próximo a rodovias para melhor escoar o produto. Se o atendimento for destinado ao público em geral é importante que a loja possua boa visualização em área de grande fluxo de pessoas, próxima ao local de residência ou de trabalho do público- alvo.

Para um negócio de casa de bolos e tortas a localização se torna fundamental, pois o público que busca esse tipo de estabelecimento normalmente não se desvia de seu caminho. A loja deve estar localizada em ruas de grande fluxo de pessoas, ou em shoppings, centros comerciais, próxima a hospitais, estações de metrô, terminais rodoviários, escolas e/ou faculdades e universidades, locais de grande concentração de escritórios e outros pólos geradores de público como: supermercados, hipermercados, agências bancárias, instituições de serviço público municipal, estadual e federal.

Conveniência e acesso fácil são fatores fundamentais para que o consumidor escolha uma loja.

Tendo em vistas as características acima descritas, outros pontos relevantes que devem ser levados em consideração a depender de cada caso para que seja estruturada a empresa são:

• O imóvel atende às necessidades operacionais referentes à localização, capacidade de instalação do negócio, possibilidade de expansão, características da vizinhança e disponibilidade dos serviços de água, luz, esgoto, telefone e internet;

• O ponto é de fácil acesso, possui estacionamento para veículos, local para carga e descarga de mercadorias e conta com serviços de transporte coletivo nas redondezas, se for o caso;

• O local está sujeito a inundações ou próximo a zonas de risco;

• O imóvel está legalizado e regularizado junto aos órgãos públicos municipais;

• A planta do imóvel está aprovada pela Prefeitura;

• Houve alguma obra posterior, aumentando, modificando ou diminuindo a área primitiva;

• As atividades a serem desenvolvidas no local respeitam a Lei de Zoneamento ou o Plano Diretor do Município;

• Os pagamentos do IPTU referente ao imóvel encontram-se em dia;

• A legislação local permite o licenciamento das placas de sinalização, ou a legislação pertinente sobre a ordenação dos elementos que compõem a paisagem urbana do município. Em resumo, encontrar um bom ponto de venda para o seu negócio é algo bastante complexo, pois somente por meio da interação e compreensão de múltiplos elementos é que se poderá avaliar o impacto e a utilização eficiente da localização empresarial.

Exigências Legais e Específicas

É necessário contratar um contador profissional para legalizar a empresa nos seguintes órgãos:

• Junta Comercial;
• Secretaria da Receita Federal (CNPJ);
• Secretaria Estadual de Fazenda;
• Prefeitura Municipal, para obter o alvará de funcionamento;
• Enquadramento na Entidade Sindical Patronal em que a empresa se enquadra (é obrigatório o recolhimento da Contribuição Sindical Patronal por ocasião da constituição da empresa e até o dia 31 de janeiro de cada ano);
• Caixa Econômica Federal, para cadastramento no sistema “Conectividade Social – INSS/FGTS”;
• Corpo de Bombeiros Militar.

A Portaria 1428/93 do Ministério da Saúde estabelece a obrigatoriedade para todos os estabelecimentos que manipulam produtos alimentícios implantarem o sistema PAS (antigo APACC). As Boas Práticas de Fabricação são pré-requisitos fundamentais.
Resolução RDC nº. 344 de 13.12.2002 – ANVISA
Aprova o Regulamento Técnico para a Fortificação das Farinhas de Trigo e das Farinhas de Milho com Ferro e Ácido Fólico.
Resolução RDC nº. 359 de 23.12.2003 – ANVISA
Aprova o Regulamento Técnico de Porções de Alimentos Embalados para Fins de Rotulagem Nutricional.
Resolução RDC nº. 360 de 23.12.2003 – ANVISA
Aprova o Regulamento Técnico sobre Rotulagem Nutricional de Alimentos Embalados, tornando obrigatória a rotulagem nutricional, conforme anexo desta resolução.
Resolução RDC nº 12, de 02 de janeiro de 2001 – ANVISA
Aprova o Regulamento Técnico sobre padrões microbiológicos para alimentos.
Resolução RDC nº 216, de 15 de setembro de 2004 – ANVISA
Dispõe sobre Regulamento Técnico de Boas Práticas para Serviços de Alimentação.
Além do cumprimento das exigências anteriores, é necessário pesquisar na Prefeitura Municipal se a Lei de Zoneamento permite a instalação de loja de bolos e tortas no ponto comercial escolhido, além de verificar a legislação da Secretaria de Saúde local.
O Sebrae local poderá ser consultado para orientação.

Estrutura

Diversos são os fatores que influenciam na estrutura de uma empresa bolos e tortas, a questão, porém é o empresário ter em mente qual será a característica do serviço prestado, o foco de atuação e o porte. Toda a necessidade será efetuada com base nessa capacidade inicial esperada e na quantidade de atendimentos a serem realizados.

Para este tipo de trabalho exige-se um espaço suficiente para oferecer comodidade aos clientes. A definição de áreas descrita a seguir, representa uma boa opção para uma loja de médio porte:

• Balcão de atendimento aos pedidos, que pode ser utilizado para exposição dos produtos oferecidos;
• Serviço de caixa – onde, além de receber os valores, podem-se oferecer produtos de bomboniere;
• Salão com mesas para acomodação dos clientes;
• Espaço para exposição de todos os produtos ofertados, utilizando equipamentos climatizados;
• Cozinha, com pequeno depósito em anexo;
• Banheiros;
• Pequeno escritório.

O empreendedor deverá decidir se o atendimento aos pedidos ocorrerá somente no balcão, ou se haverá atendentes/garçons na área das mesas. Poderá ser oferecido as duas opções de atendimento.

É aconselhável dispor de estacionamento. Se não houver disponibilidade permanente de vagas públicas nas proximidades é indicado realizar convênio com estacionamento próximo, isso se for o caso do empreendimento em questão.

A parede e o teto devem estar conservados e sem rachaduras, goteiras, infiltrações, mofos e descascamentos. O piso deve ser de alta resistência e durabilidade e de fácil manutenção.

A fachada da loja e a recepção podem auxiliar no processo de atração de clientes e transmissão do conceito do empreendimento. Uma decoração interna alegre, aconchegante e leve, com temas específicos, pode criar uma atmosfera lúdica ao ambiente e encantar todos os tipos de clientes.

Outros profissionais qualificados (arquitetos, engenheiros, decoradores) poderão ajudar a definir as alterações a serem feitas no imóvel escolhido para funcionamento da loja, orientando em questões sobre ergometria, fluxo de operação, design dos móveis, iluminação, ventilação, etc.

Na grande maioria, as empresas possuem estrutura simples, com apenas um pequeno escritório para receber fornecedores, fazer a contabilidade e os pagamentos e um espaço suficiente para depósito dos materiais.

Pense em ambientes onde possam ser aproveitadas, quando couber, luz e ventilação natural, evitando custos desnecessários. Não esqueça de garantir acessibilidade às pessoas com deficiência ou com mobilidade reduzida.

Pessoal

A necessidade de pessoal, tal qual o tamanho da infraestrutura, depende diretamente do segmento pelo qual o empreendedor optou. Geralmente é baseado no volume de produtos ou de serviços oferecidos. Para uma casa de bolos e tortas, a qualificação dos profissionais é o fator chave para o sucesso do empreendimento, onde dos(a) doceiros(a), através de suas receitas, ditam o sucesso ou fracasso do mesmo.Para uma loja de bolos e tortas pode-se começar com 04 empregados para o atendimento de balcão e produção, sendo: 02 pessoas na linha de frente e 02 na cozinha. Se houver atendimento nas mesas, será necessário contratar mais 02 atendentes. De acordo com a quantidade de horas que a loja permanecer aberta, haverá necessidade de pessoal adicional, para completar os turnos de trabalho. Da mesma forma, a carga de trabalho da cozinha definirá a necessidade de pessoal adicional a ser contratado.Como o negócio de bolos e tortas é altamente influenciado por datas comemorativas especiais, o empreendedor poderá decidir por contratação temporária para esses períodos de maior demanda. A decisão de atender clientes de maior porte, por atacado, exigirá um dimensionamento especial no quantitativo de pessoas. A atividade de caixa pode ser exercida pelo empresário ou por um dos atendentes por ele designado.O atendimento personalizado e qualificado é um item que merece a maior atenção do empresário, procurando-se a manutenção e fidelização da clientela. Como o crescimento nesse segmento de negócio depende da indicação de clientes, o atendimento exige uma atenção especial do empresário. A qualificação de profissionais aumenta o comprometimento com a empresa, eleva o nível de retenção de funcionários, melhora a performance do negócio e diminui os custos trabalhistas com a rotatividade de pessoal.O treinamento dos colaboradores deve desenvolver as seguintes competências:- Capacidade de percepção para entender e atender as expectativas dos clientes;- Agilidade e presteza no atendimento;- Capacidade de apresentar e vender os serviços da empresa;- Motivação para crescer juntamente com o negócio.Esta relação do vendedor com o cliente pode significar um grande diferencial. Para isso os funcionários deverão sempre passar por treinamento específico em excelência no atendimento, e o SEBRAE oferece este tipo de treinamento.Deve-se estar atento para a Convenção Coletiva do Sindicato dos Trabalhadores nessa área, utilizando-a como balizadora dos salários e orientadora das relações trabalhistas, evitando, assim, conseqüências desagradáveis.O empreendedor pode participar de seminários, congressos e cursos direcionados ao seu ramo de negócio, para manter-se atualizado e sintonizado com as tendências do setor.O Sebrae da localidade poderá ser consultado para aprofundar as orientações sobre o perfil do pessoal e treinamentos adequados.

Equipamentos

A definição do porte da loja é fundamental para a aquisição dos equipamentos. O novo empresário poderá decidir quais equipamentos utilizará, dentre os citados a seguir:

• microcomputador completo;
• uma impressora;
• linha telefônica;
• uma impressora de cupom fiscal;
• mesas, cadeiras, armários, de acordo com o dimensionamento das instalações;
• gaveteiro para guardar dinheiro, cheques e tickets de cartões de débito e crédito;
• equipamento para recebimento através de cartões de débito e crédito;
• estantes, prateleiras e vitrines para exposição dos produtos;
• balcão de atendimento;
• equipamentos e utensílios para cozinha industrial – fogões, fornos, geladeiras, liquidificadores, processadores, batedeiras, fritadeiras, panelas, etc;
• freezer vertical e horizontal;
• balcão refrigerador com expositor;
• balcão estufa com expositor;
• utensílios de escritório;
• veículo utilitário – critério do empreendedor.

Ao fazer o layout da empresa, o empreendedor deve levar em consideração a ambientação, decoração, ventilação e iluminação. Na área externa, deve-se atentar para a fachada, letreiros, carga e descarga, entradas, saídas e estacionamento.

No caso de uma empresa pequena, deve-se levar em consideração a necessidade de todos os equipamentos acima especificados e o tipo, pois existem dos mais sofisticados aos mais simples. Antes de comprar os equipamentos, pense no tipo de serviço e qualidade exigida pelo público alvo para não gastar mais do que o necessário ou ficar com ociosidade em excesso.

Existe a necessidade de outros equipamentos não destinados à atividade produtiva, mas que devem estar presente em qualquer das estruturas, pequenas ou medias, que são os computadores, impressoras, telefones, ventiladores, ar condicionado, móveis e utensílios de escritório, dentre outros. Verifique a necessidade de acordo com o seu negócio.

Matéria Prima/Mercadoria

A gestão de estoques no varejo é a procura do constante equilíbrio entre a oferta e a demanda. Este equilíbrio deve ser sistematicamente aferido através de, entre outros, os seguintes três importantes indicadores de desempenho:
Giro dos estoques: o giro dos estoques é um indicador do número de vezes em que o capital investido em estoques é recuperado através das vendas. Usualmente é medido em base anual e tem a característica de representar o que aconteceu no passado. Obs.: Quanto maior for a freqüência de entregas dos fornecedores, logicamente em menores lotes, maior será o índice de giro dos estoques, também chamado de índice de rotação de estoques.

Cobertura dos estoques: o índice de cobertura dos estoques é a indicação do período de tempo que o estoque, em determinado momento, consegue cobrir as vendas futuras, sem que haja suprimento.

Nível de serviço ao cliente: o indicador de nível de serviço ao cliente para o ambiente do varejo de pronta entrega, isto é, aquele segmento de negócio em que o cliente quer receber a mercadoria, ou serviço, imediatamente após a escolha; demonstra o número de oportunidades de venda que podem ter sido perdidas, pelo fato de não existir a mercadoria em estoque ou não se poder executar o serviço com prontidão.

Portanto, o estoque dos produtos deve ser mínimo, visando gerar o menor impacto na alocação de capital de giro. O estoque mínimo deve ser calculado levando-se em conta o número de dias entre o pedido de compra e a entrega dos produtos na sede da empresa.

Uma empresa tortas e doces é tipicamente uma loja de comércio de produtos e, portanto, há venda de mercadorias, necessitando assim de insumos para a fabricação dos doces e tortas. Assim, as mercadorias compõem-se dos diversos artigos colocados à venda como: bombons, sucos, refrigerantes, café, sorvetes e outros, conforme a decisão do novo comerciante.

Para a definição do mix de produtos a ser oferecido ao mercado, o empresário deverá visitar lojas estabelecidas, ouvir permanentemente seus clientes e ir fazendo adaptações ao longo do tempo.

Como há uma grande variedade de serviços, equipamentos e insumos é importante o empreendedor estimar ou prever uma definição dos produtos a serem oferecidos.

Essa definição só poderá ser realizada após uma detalhada descrição da estrutura, dos equipamentos e da produção esperada.

Outros insumos são necessários como materiais para embalagens, luvas e máscaras descartáveis, água, materiais de limpeza, energia, gás, sacos laminados, outros ingredientes e materiais para o serviço de animação. Portanto, é bom estar atento para todos os tipos de novidades, materiais e produtos usados diretamente e indiretamente nesse empreendimento.

Organização do Processo Produtivo

A organização do processo produtivo de uma loja de doces e tortas não é considerado muito complicado ou sofisticado, mas sim trabalhoso pois existem diversas variáveis que podem influenciar na fabricação dos mesmos. Contudo, compreende diversas atividades e etapas que devem ser seguidas para manter uma boa qualidade dos serviços e produtos ofertados. Os processos produtivos de uma loja de bolos e tortas são divididos em: Produção – A produção dos itens que serão comercializados deverá ser realizada em área isolada, de localização estratégica, com fácil acesso ao espaço de comercialização. O arranjo físico é essencial para uma empresa, e para sua definição é necessário considerar os seguintes aspectos: otimização de fluxos, minimização de distâncias entre os materiais, equipamentos e o local de utilização, aumento da higiene e segurança no trabalho, criando um ambiente agradável aos trabalhadores, diminuição dos problemas ergonômicos, definição de entradas, saídas e via de circulação, definição do sistema de recebimento, transporte e armazenamento de materiais, facilitação do controle de estoque de matérias-primas, permissão de uma boa impressão aos clientes que visitarem o ambiente de trabalho. Todos estes fatores serão fundamentais para que o layout da nova cozinha seja um ambiente de produção agradável do aspecto físico e ergonômico pra trabalhadores, além de proporcionar uma melhor adequação do espaço a fim de buscar um melhor fluxo de produção, reduzindo também as necessidades de movimentação. Deve-se evitar a saída de odores, calor ou barulho característico do local. A visibilidade da cozinha é hoje um fator muito importante para que o cliente perceba os cuidados com o preparo dos alimentos, a higiene e a limpeza. Exposição dos produtos – Os produtos devem ser expostos em balcões climatizados, em estufas, ou em geladeiras ou freezers. A exposição deve ter boa visibilidade e integrar-se ao ambiente de forma harmônica. Pode ser adotada a prática de self-service, através de gôndolas e prateleiras externas ao balcão. Balcão de atendimento – Local onde os clientes farão seus pedidos e serão atendidos. A entrega dos produtos adquiridos poderá ocorrer em área destinada para esse fim, nas proximidades do caixa. Salão – O espaço mais nobre e amplo, e de fácil acesso, deve ser destinado aos clientes, e deve corresponder aproximadamente a 60% da área total da loja. Pode estar localizado em área externa, desde que ofereça comodidade. Não esquecer as cadeiras para crianças e nem do acesso aos portadores de necessidades especiais. Caixa – Espaço destinado ao recebimento do valor das vendas. Administração – Pequeno espaço destinado às atividades de compra e relacionamento com fornecedores, controle de estoques, controle de contas a pagar, atividades de recursos humanos, controle financeiro e de contas bancárias, acompanhamento do desempenho do negócio e outras que o empreendedor julgar necessárias para o bom andamento do empreendimento. Os períodos de maior movimento são sexta à noite, sábado à tarde e domingo à tarde, quando normalmente as casas ficam cheias devido aos passeios familiares. Independente do tamanho, todas essas etapas devem ser cumpridas. A variação dependerá do tamanho da produção e automação necessária e desejada para um produto de melhor qualidade. Cada etapa mencionada deve ser entendida e pensada antes de iniciar a produção. Este perfil de negócio tem apenas a intenção de informar e direcionar as ações do futuro empresário. No caso de possuir mais dúvidas, procure um SEBRAE mais próximo.

Automação

Automação é a informatização de todas as operações internas da empresa, bem como a integração desses processo internos com fornecedores, bancos, serviços de proteção ao crédito, operadoras de cartão de crédito etc.; e até mesmo com os consumidores. O desenvolvimento da automação dá-se, a princípio, com a implantação de equipamentos e a substituição dos procedimentos e rotinas manuais por procedimentos automáticos, até chegar à utilização de ferramentas que possibilitam maior controle e melhor gestão do negócio, reduzindo erros e obtendo rentabilidade e competitividade.

Há no mercado uma boa oferta de sistemas para gerenciamento de empresas dos mais variados portes e tipos. Esses softwares possibilitam:

– Em vendas o registro de vendas ao consumidor; emissão de nota/cupom fiscal; preenchimento/liberação de cheques; pesagem de produtos; cartão de crédito/débito; devoluções/troca; promoções/descontos;

– Concessão de crédito, entrega domiciliar, televendas, listas de casamento;

– Preços e condições de pagamentos, tíquete discriminado, promoções;

– Pedido de compra e reposição automática e contínua (decisão e comunicação via EDI);

– Recepção de mercadorias, armazenamento e movimentação,

– Roteirizador de entrega;

– Margens/markup;

– Pesquisa de preços;

– Rentabilidade/lucratividade;

– Controle de estoques;

– Controle do caixa geral;

– Contabilidade, inventário, registros fiscais, contas a pagar e a receber;

– Gestão de categorias de produtos;

– Perfil de cliente e mala-direta de ofertas, promoções, etc;

– Cadastro de equipamentos,

– Gerenciamento de serviços dos empregados, controle de comissionamento, etc.

O ideal também é que o aplicativo ou software adquirido seja adequado ao sistema um banco de dados o cadastro relacionados ao numero global de item comercial (GTIN), que deve ter um código de barras, onde hoje é utilizado pelo varejo o EAN-13, EAN-8 e UPC-A.

Também é imprescindível a presença de computador, móveis e utensílios diversos. Internet também é uma excelente ferramenta que pode gerar vários benefícios como permanente atualização no setor, possibilidade de agendamento de clientes quando for o caso, facilidade de busca de alternativas de fornecedor e mesmo de efetivação de encomendas e – até mesmo, eventualmente – se constituir em entretenimento para clientes em espera.

?Portanto, a automação a ser exigida irá depender diretamente do tamanho do empreendimento a ser montado, e o uso de sistemas de automação mais complexos e sofisticados só se justifica para empresas de maior porte. Também podem ser automatizados alguns serviços de cozinha tais como máquinas de assar pães e bolos, masseiras e centrífugas. Outro aspecto importante para se automatizar é a segurança, onde podemos encontrar no mercado kit cftv (circuito fechado de televisão) digital com visualização também através da internet, além de alarmes e sensores de detecção de chamas, calor ou fumaça que possam identificar um princípio de incêndio.

Canais de Distribuição

O canal de distribuição é a própria loja. Uma alternativa é implantar sistema delivery: o cliente escolhe os produtos pela Internet e faz o pedido por telefone ou através do próprio site, recebendo os produtos em casa. Este sistema traz comodidade para o cliente e a possibilidade do desenvolvimento de estratégias personalizadas por parte do empreendedor. Nesses casos, o empreendedor deverá definir estratégia que possibilite o equilíbrio das margens de lucratividade, estabelecendo valores mínimos de pedidos que possam ser entregues em domicílio, podendo neste caso terceirizar a entrega para um motoboy.

Investimento

Investimento compreende todo o capital empregado para iniciar e viabilizar o negócio até o momento de sua auto-sustentação. Pode ser caracterizado como:

• Investimento fixo – compreende o capital empregado na compra de imóveis, equipamentos, móveis, decoração, utensílios, instalações, reformas etc.;

• Investimentos pré-operacionais – são todos os gastos ou despesas realizadas com projetos, pesquisas de mercado, registro da empresa, honorários profissionais e outros;

Os investimentos necessários, em média, para uma empresa de pequeno porte estão descritos abaixo:

REFORMA E ADAPTAÇÕES DO IMÓVEL = R$ 15.000,00

MÓVEIS E EQUIPAMENTOS = R$ 66.130,00

– 1 Impressora fiscal = R$ 1.800,00

– 1 Balcão de recepção = R$ 1.000,00

– 1 Expositor = R$ 3.000,00

– 1 Balcão refrigerado = R$ 2.750,00

– 1 Fogão industrial de 4 bocas com forno = R$ 1.200,00

– 1 Liquidificador industrial (8 lts.) = R$ 800,00

– 1 Extrator de sucos = R$ 200,00

– 1 Refrigerador (300 lts.) = R$ 1.500,00

– 1 Refrigerador industrial = R$ 5.500,00

– 2 Coifas inox = R$ 4.200,00

– 4 Exaustores axiais = R$ 1.000,00

– Utensílios diversos = R$ 6.000,00

– 2 Carros para detritos = R$ 1.700,00

– 2 Balanças digitais = R$ 980,00

– 10 jogos de mesa e cadeiras = R$ 5.000,00

– Decoração e marketing = R$ 4.500,00

– Insumos = R$ 25.000,00

ADMINISTRAÇÃO E VENDAS = R$ 6.500,00

– 2 Mesas + cadeiras = R$ 1.500,00

– 1 Computador + 1 impressora = R$ 2.000,00

– Mesas + cadeiras + arquivos + prateleiras = R$ 3.000,00

TOTAL GERAL = R$ 87.630,00

O investimento necessário para abertura da empresa irá variar segundo fatores tais como: equipamentos utilizados, tamanho da equipe, quantidade de eventos e festas e serviços oferecidos. Assim, os valores acima descritos servem apenas como referência para o empreendedor.

Capital de Giro

Além do investimento fixo descrito anteriormente no capítulo “instalações” e itens do ativo imobilizado, a empresa deverá ter um montante de recursos financeiros necessário para manter para sustentar as operações do dia-a-dia, ou seja, garantir fluidez dos ciclos de caixa. Ele precisa de controle permanente, pois tem a função de minimizar o impacto das mudanças no ambiente de negócios no qual a empresa atual. O capital de giro funciona com uma quantia imobilizada no caixa (inclusive banco) da empresa para suportar as oscilações de caixa.O capital de giro é regulado pelos prazos praticados pela empresa, são eles: prazos médios recebidos de fornecedores (PMF); prazos médios de estocagem (PME) e prazos médios concedidos a clientes (PMCC).Quanto maior o prazo concedido aos clientes e quanto maior o prazo de estocagem, maior será sua necessidade de capital de giro. Portanto, manter estoques mínimos regulados e saber o limite de prazo a conceder ao cliente pode melhorar muito a necessidade de imobilização de dinheiro em caixa. Se o prazo médio recebido dos fornecedores de matéria-prima, mão- de-obra, aluguel, impostos e outros forem maiores que os prazos médios de estocagem somada ao prazo médio concedido ao cliente para pagamento dos produtos, a necessidade de capital de giro será positiva, ou seja, é necessária a manutenção de dinheiro disponível para suportar as oscilações de caixa. Neste caso um aumento de vendas implica também em um aumento de encaixe em capital de giro. Para tanto, o lucro apurado da empresa deve ser ao menos parcialmente reservado para complementar esta necessidade do caixa.Se ocorrer o contrário, ou seja, os prazos recebidos dos fornecedores forem maiores que os prazos médios de estocagem e os prazos concedidos aos clientes para pagamento, a necessidade de capital de giro é negativa. Neste caso, deve-se atentar para quanto do dinheiro disponível em caixa é necessário para honrar compromissos de pagamentos futuros (fornecedores, impostos). Portanto, o empresário deverá evitar a retirada de valores além do pró-labore estipulado, devido que no início todo recurso que entrar na empresa, nela deverá permanecer, possibilitando o crescimento e a expansão do negócio. Com isso a empresa poderá alcançar mais rapidamente sua auto-sustentação, reduzindo as necessidades de capital de giro e agregando maio valor ao novo negócio.Um fluxo de caixa, com previsão de saldos futuros de caixa deve ser implantado na empresa para a gestão competente da necessidade de capital de giro. Só assim as variações nas vendas e nos prazos praticados no mercado poderão ser geridas com precisão. Destaca-se que este tipo de negócio possibilita ao empreendedor somente adquirir os insumos necessários após fechar algum negócio, diminuindo a necessidade de capital de giro. No caso de uma loja de bolos e tortas, o empresário deve reservar em torno de 30% do total de investimento inicial para o capital de giro.

Custos

São todos os gastos realizados na produção e que serão incorporados posteriormente no preço dos produtos ou serviços prestados, como: aluguel, água, luz, salários, honorários profissionais, despesas de vendas, matéria-prima e insumos consumidos no processo de produção. O cuidado na administração e redução de todos os custos envolvidos na compra, produção e venda de produtos ou serviços que compõem o negócio, indica que o empreendedor poderá ter sucesso ou insucesso, na medida em que encarar como ponto fundamental a redução de desperdícios, a compra pelo melhor preço e o controle de todas as despesas internas. Quanto menores os custos, maior a chance de ganhar no resultado final do negócio. É importante notar que, quanto menores forem os custos, menor também será a necessidade de disponibilidade de capital de giro, liberando recursos para novos investimentos produtivos ou aumentando a lucratividade do empreendimento. Os custos típicos deste tipo de empreendimento devem ser estimados considerando pelo menos os itens abaixo, quando houver:

DESCRIÇÃO / VALOR MENSAL / VALOR ANUAL

Salários, comissões e encargos / R$ 12.182,00 / R$ 146.184,00

Tributos, impostos e taxas / R$ 4.288,00 / R$ 51.456,00

Aluguel, condomínio, segurança / R$ 2.000,00 / R$ 24.000,00

Água, Luz, Tel/internet / R$ 800,00 / R$ 9.600,00

Limpeza, higiene, manutenção / R$ 600,00 / R$ 7.200,00

Assessoria contábil / R$ 724,00 / R$ 8.688,00

Propaganda e Publicidade / R$ 1.086,00 / R$ 13.032,00

Matéria-prima e insumos / R$ 7.000,00 / R$ 84.000,00

TOTAL R$ 28.680,00 / R$ 344.160,00

Obs.: Valores de referência para uma empresa com as dimensões apresentadas aqui. Estima-se que o custo represente aproximadamente 75% a 80% da receita total estimada.

Diversificação/Agregação de Valor

A partir da década de 60 as organizações passaram a se preocupar mais com o ambiente em que atuavam, ficando esta tendência evidente, quando a produtividade não significa mais o sucesso da organização e sim se ela poderia ou não atender às demandas de mercado. Diversificar é uma decisão importante, mas como tudo na vida exige planejamento. O importante é diversificar sua linha de produtos, mas manter o foco original do negócio. No caso de tortas e bolas, uma das formas de diversificação é através da oferta de tortas temáticas, feitas de acordo com o tema que será adotado para a ocasião. Outra estratégia de diversificação, que agrega valor, é desenvolver produtos da linha diet e light, destinados aos clientes que querem se deliciar com as guloseimas mas se preocupam com o ganho de alguns quilinhos a mais, ou aqueles que por motivo de doenças não podem consumir açúcar. Outro detalhe importante é a vitrine visualmente bem explorada, ela é o ponto do desejo de consumo, e o ser humano se sente atraído por formas, cores e texturas visualmente sedutoras. A inovação no ponto de venda requer hoje um fator fundamental que é a tecnologia. Televisores a led com veiculação de vídeos, fotos e outros tipos de arquivo, têm a capacidade de comunicação instantânea no momento da compra, sendo responsável por incrementos de venda. Inovar é um processo fundamental para o sucesso do empreendimento, manter sempre receitas exclusivas e agregar novidades, como: bolos personalizados com fotos produzidas pelo próprio cliente, como também imagens e fotos de heróis de desenho animado e filmes infantis, paisagens e obras de arte.Um detalhe importante é manter uma área para a degustação, apresentando sempre as novidades e variedades para atrair os clientes. O atendimento pessoal qualificado é um fator que agrega valor de alto significado para o cliente. É fundamental, na construção de relacionamento duradouro, conhecer quem são os clientes e entender suas necessidades e desejos. Saber como andam os concorrentes é muito importante, e vale a pena fazer pesquisas a fim de conhecer os serviços que estão sendo adicionados.

Divulgação

A propaganda é um importante instrumento para tornar a empresa e seus serviços e produtos conhecidos pelos clientes potenciais. O objetivo da propaganda é construir uma imagem positiva frente aos clientes e tornar conhecidos os serviços oferecidos pela empresa. A mídia mais adequada é aquela que tem linguagem associada ao público-alvo, se enquadra no orçamento do empresário e tem maior penetração e credibilidade junto ao cliente.

Poderão ser usados todos os canais de propaganda, de acordo com o porte do empreendimento e a capacidade de investimento do empreendedor. Um pequeno estabelecimento poderá utilizar-se de panfletos a serem distribuídos de forma dirigida, em locais de grande circulação de pessoas (próximos ao estabelecimento), ou no bairro onde está localizado. Possuir cartões de visitas para entregar aos clientes e potenciais clientes é bastante recomendado.

Alguns itens são importantes para chamar atenção do consumidor no ponto de venda dentre eles a adequada exposição, uso de displays, adesivação, totens, folhetos explicativos sobre a qualidade do produto e serviço, porém a possibilidade de visualizar e poder atestar a sua qualidade são essenciais para impulsionar o cliente a adquirir o seu produto.

Oferecer descontos e cartões fidelidade são sempre uma boa forma de estimular as vendas. Outra forma bastante eficaz para o segmento de loja de bolos e tortas é convidar clientes potenciais para conhecer a qualidade dos produtos oferecidos.

O empreendedor deve sempre entregar o que foi prometido e, quando puder, superar as expectativas do cliente. Ao final, a melhor propaganda será feita pelos clientes satisfeitos e bem atendidos.

Na medida do interesse e das possibilidades, poderão ser utilizados anúncios em jornais de bairro, jornais de grande circulação, rádio, revistas, outdoor e internet. Entretanto, o contato pessoal é imprescindível particularmente para aqueles empreendedores que se propõem a atender as grandes empresas compradoras.

Outro meio de divulgação que tem crescente sucesso são as redes sociais (Facebook, Orkut e Twitter, além do Instagram para você compartilhar sua marca). As redes sociais são plataformas de comunicação interativa que permitem ter contatos e mandar mensagens e fotos completamente de graça. Assim, são uma das formas mais fáceis e práticas de entrar em contato com o seu público-alvo: os clientes. Essas ferramentas são uma maneira de divulgar sua marca a um baixo custo e oferecer um retorno imediato. Uma pesquisa feita pelo IBOPE mídia em 2010, com mais de oito mil pessoas, mostra que 80% delas aprovam ações nas redes sociais e que 60% usam essas mídias há três anos ou mais, no mínimo uma hora por dia. Quando há promoções os clientes ficam sabendo pelo facebook e sempre aparecem procurando os itens que são colocados com preços mais baixos, mas acabam levando outras coisas também.

Verificar também a possibilidade de divulgação através de sites de compra coletiva, onde vende-se o produto por um preço reduzido a uma grande quantidade de pessoas. É uma maneira excelente de fazer os clientes conhecerem os produtos e depois voltarem a consumi-los.

Informações Fiscais e Tributárias

O segmento de CASA DE BOLOS E TORTAS, assim entendido pela CNAE/IBGE (Classificação Nacional de Atividades Econômicas) 1091-1/02 como atividade de comércio varejista de bolos, tortas e outros produtos de padaria com venda predominante de produtos produzidos no próprio estabelecimento, poderá optar pelo SIMPLES Nacional – Regime Especial Unificado de Arrecadação de Tributos e Contribuições devidos pelas ME (Microempresas) e EPP (Empresas de Pequeno Porte), instituído pela Lei Complementar nº 123/2006, desde que a receita bruta anual de sua atividade não ultrapasse a R$ 360.000,00 (trezentos e sessenta mil reais) para micro empresa R$ 3.600.000,00 (três milhões e seiscentos mil reais) para empresa de pequeno porte e respeitando os demais requisitos previstos na Lei.

Nesse regime, o empreendedor poderá recolher os seguintes tributos e contribuições, por meio de apenas um documento fiscal – o DAS (Documento de Arrecadação do Simples Nacional), que é gerado no Portal do SIMPLES Nacional:

• IRPJ (imposto de renda da pessoa jurídica);
• CSLL (contribuição social sobre o lucro);
• PIS (programa de integração social);
• COFINS (contribuição para o financiamento da seguridade social);
• ICMS (imposto sobre circulação de mercadorias e serviços);
• INSS (contribuição para a Seguridade Social relativa a parte patronal).

Conforme a Lei Complementar nº 123/2006, as alíquotas do SIMPLES Nacional, para esse ramo de atividade, variam de 4% a 11,61%, dependendo da receita bruta auferida pelo negócio. No caso de início de atividade no próprio ano-calendário da opção pelo SIMPLES Nacional, para efeito de determinação da alíquota no primeiro mês de atividade, os valores de receita bruta acumulada devem ser proporcionais ao número de meses de atividade no período.

Se o Estado em que o empreendedor estiver exercendo a atividade conceder benefícios tributários para o ICMS (desde que a atividade seja tributada por esse imposto), a alíquota poderá ser reduzida conforme o caso. Na esfera Federal poderá ocorrer redução quando se tratar de PIS e/ou COFINS.

MEI (Microempreendedor Individual): para se enquadrar no MEI o CNAE de sua atividade deve constar e ser tributado conforme a tabela da Resolução CGSN nº 94/2011 – Anexo XIII, Neste caso, este segmento não pode se enquadrar no MEI, conforme Res. 94/2001.

Para este segmento, tanto ME ou EPP, a opção pelo SIMPLES Nacional sempre será muito vantajosa sob o aspecto tributário, bem como nas facilidades de abertura do estabelecimento e para cumprimento das obrigações acessórias.

Fundamentos Legais: Leis Complementares 123/2006 (com as alterações das Leis Complementares nºs 127/2007, 128/2008 e 139/2011) e Resolução CGSN – Comitê Gestor do Simples Nacional nº 94/2011.

Eventos

Disponível em: http://www.sebrae.com.br/

Entidades em Geral

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Normas Técnicas

Norma técnica é um documento, estabelecido por consenso e aprovado por um organismo reconhecido que fornece para um uso comum e repetitivo regras, diretrizes ou características para atividades ou seus resultados, visando a obtenção de um grau ótimo de ordenação em um dado contexto. (ABNT NBR ISO/IEC Guia 2).

Participam da elaboração de uma norma técnica a sociedade, em geral, representada por: fabricantes, consumidores e organismos neutros (governo, instituto de pesquisa, universidade e pessoa física).

Toda norma técnica é publicada exclusivamente pela ABNT – Associação Brasileira de Normas Técnicas, por ser o foro único de normalização do País.

1. Normas específicas para uma Casa de bolos e tortas

ABNT NBR 15635:2008 – Serviços de alimentação – Requisitos de boas práticas higiênico-sanitárias e controles operacionais essenciais.

Esta Norma especifica os requisitos de boas práticas e dos controles operacionais essenciais a serem seguidos por estabelecimentos que desejam comprovar e documentar que produzem alimentos em condições higiênico sanitárias adequadas para o consumo.

ABNT NBR ISO 22000:2006 Versão Corrigida:2006 – Sistemas de gestão da segurança de alimentos – Requisitos para qualquer organização na cadeia produtiva de alimentos

Esta Norma especifica requisitos para o sistema de gestão da segurança de alimentos, onde uma organização na cadeia produtiva de alimentos precisa demonstrar sua habilidade em controlar os perigos, a fim de garantir que o alimento está seguro no momento do consumo humano.

2. Normas aplicáveis na execução de uma Casa de bolos e tortas

ABNT NBR 14518:2000 – Sistemas de ventilação para cozinhas profissionais.

Esta Norma estabelece os princípios gerais para projeto, instalação, operação e manutenção de sistemas de ventilação para cozinhas profissionais, com ênfase na segurança contra incêndio e no controle ambiental.

ABNT NBR 14171:1998 – Forno industrial a gás – Requisitos de segurança.

Esta Norma estabelece requisitos para a operação, com segurança, de fornos empregados na indústria alimentícia, que utilizam gás como combustível.

ABNT NBR ISO 23953-2:2009 – Expositores refrigerados – Parte 2: Classificação, requisitos e condições de ensaio.

Esta parte da ABNT NBR ISO 23953 estipula os requisitos para a construção, as características e o desempenho de expositores frigoríficos utilizados na venda e exposição de produtos alimentícios. Estipula ainda as condições de ensaio e os métodos para verificar o cumprimento dos requisitos, assim como a classificação dos expositores, a etiquetagem e a lista das características a serem informadas pelo fabricante. Não é aplicável a máquinas frigoríficas de auto-serviço (refrigerated vending machines) ou destinadas ao uso em serviços de bufê ou em aplicações outras que no comércio varejista. Não trata tampouco da decisão quanto à escolha do tipo de produtos alimentícios a serem mantidos nos expositores.

ABNT NBR 15526:2012 – Redes de distribuição interna para gases combustíveis em instalações residenciais e comerciais – Projeto e execução.

Esta Norma estabelece os requisitos mínimos exigíveis para o projeto e a execução de redes de distribuição interna para gases combustíveis em instalações residenciais e comerciais que não excedam a pressão de operação de 150 kPa (1,53 kgf/cm2) e que possam ser abastecidas tanto por canalização de rua (conforme ABNT NBR 12712 e ABNT NBR 14461) como por uma central de gás (conforme ABNT NBR 13523 ou outra norma aplicável), sendo o gás conduzido até os pontos de utilização através de um sistema de tubulações.

ABNT NBR 15842:2010 – Qualidade de serviço para pequeno comércio – Requisitos gerais.

Esta Norma estabelece os requisitos de qualidade para as atividades de venda e serviços adicionais nos estabelecimentos de pequeno comércio, que permitam satisfazer as expectativas do cliente.

ABNT NBR 12693:2010 – Sistemas de proteção por extintores de incêndio.

Esta Norma estabelece os requisitos exigíveis para projeto, seleção e instalação de extintores de incêndio portáteis e sobre rodas, em edificações e áreas de risco, para combate a princípio de incêndio.

ABNT NBR 5626:1998 – Instalação predial de água fria.

Esta Norma estabelece exigências e recomendações relativas ao projeto, execução e manutenção da instalação predial de água fria. As exigências e recomendações aqui estabelecidas emanam fundamentalmente do respeito aos princípios de bom desempenho da instalação e da garantia de potabilidade da água no caso de instalação de água potável.

ABNT NBR 5410:2004 Versão Corrigida: 2008 – Instalações elétricas de baixa tensão.

Esta Norma estabelece as condições a que devem satisfazer as instalações elétricas de baixa tensão, a fim de garantir a segurança de pessoas e animais, o funcionamento adequado da instalação e a conservação dos bens.

ABNT NBR ISO/CIE 8995-1:2013 – Iluminação de ambientes de trabalho – Parte 1: Interior.

Esta Norma especifica os requisitos de iluminação para locais de trabalho internos e os requisitos para que as pessoas desempenhem tarefas visuais de maneira eficiente, com conforto e segurança durante todo o período de trabalho.

ABNT NBR IEC 60839-1-1:2010 – Sistemas de alarme – Parte 1: Requisitos gerais – Seção 1: Geral.

Esta Norma especifica os requisitos gerais para o projeto, instalação, comissionamento (controle após instalação), operação, ensaio de manutenção e registros de sistemas de alarme manual e automático empregados para a proteção de pessoas, de propriedade e do ambiente.

ABNT NBR 9050:2004 Versão Corrigida: 2005 – Acessibilidades a edificações, mobiliário, espaços e equipamentos urbanos – Sistemas de alarme – Parte 1: Requisitos gerais – Seção 1: Geral.

Esta Norma estabelece critérios e parâmetros técnicos a serem observados quando do projeto, construção, instalação e adaptação de edificações, mobiliário, espaços e equipamentos urbanos às condições de acessibilidade.

Glossário

Disponível em: http://www.sebrae.com.br/

Dicas de Negócio

Qualquer atividade da vida social ou pessoal, quanto melhor planejada melhor será executada. Assim, também em qualquer negócio, o tempo que se gasta antes de começar é dinheiro que se deixa de perder: os problemas, prováveis ou meramente possíveis, já foram pensados e a solução equacionada antes que ele vire perda.
Entretanto, de nada vale planejar se não for para cumprir o planejamento. Muito importante: isto não significa um engessamento das ações. Significa, sim, não fugir do eixo, muito embora ao longo do processo algumas das coisas que se planejou tenham que ser revistas e/ou adaptadas. Ou seja, o planejamento é um instrumento dinâmico, mas o foco não deve ser perdido.

Um caso típico desta flexibilidade é a freqüente aparição de gastos imprevistos nos 100 primeiros dias da empresa. Isto ocorre com freqüência quando existe excesso de otimismo no cálculo das possibilidades da empresa, sacrificando o capital de giro. A recomendação é sempre considerar uma hipótese menos otimista, evitando surpresas desagradáveis.

Outro cuidado relevante é com o foco da empresa: é fundamental evitar a tentação de improvisar para agregar valor: acaba fazendo muitas coisas e mal feitas.Sempre seguir planejamento e simulações.

Avaliar permanentemente a receptividade da clientela à venda de produtos. Lembrar que comércio requer registro de empresa diferenciado de prestação deserviços;
Investir na qualidade global de atendimento ao cliente, ou seja: qualidade do serviço, ambiente agradável, profissionais atenciosos, respeitosos e interessados pelo cliente, além de comodidades adicionais com respeito a estacionamento, facilidade de agendamento de horário, cumprimento de horário ou prazos, etc;

Procurar fidelizar a clientela com ações de pós-venda, como remessa de cartões de aniversário, comunicação de novos serviços e novos produtos ofertados, etc;

O empreendedor deve estar sintonizado com a evolução do setor, pois esse é um negócio que requer inovação e adaptação constantes, em face das novas tendências que surgem dia-a-dia.

Características

O empreendedor envolvido com atividades ligadas a este setor precisa adequar-se a um perfil fortemente comprometido com a evolução acelerada de um ramo altamente disputado por concorrentes nem sempre fáceis de serem vencidos. Algumas características desejáveis ao empresário desse ramo são:

• Ser bom comunicador, simpático, atencioso com os clientes;
• Gostar e conhecer bem o ramo de negócio;
• Pesquisar e observar permanentemente o segmento de mercado onde está competindo, promovendo ajustes e adaptações no negócio;
• Ter atitude e iniciativa para promover as mudanças necessárias;
• Saber administrar todas as áreas internas da empresa;
• Saber negociar, vender benefícios e manter clientes satisfeitos;
• Ter visão clara de onde quer chegar;
• Planejar e acompanhar o desempenho da empresa;
• Ser persistente e não desistir dos seus objetivos;
• Manter o foco definido para a atividade empresarial;
• Assumir somente riscos calculados;
• Estar sempre disposto a inovar e promover mudanças;
• Ter grande capacidade para perceber novas oportunidades e agir rapidamente para aproveitá- las;
• Ter habilidade para liderar sua equipe de profissionais;
• Imaginação criativa;
• Sentido artístico e estético;
• Sentido de pormenor e precisão;
• Boa coordenação visual/motora;
• Boa presença – apresentação – higiene pessoal.

Bibliografia

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